A transformação digital nos Departamentos Jurídicos diz respeito a pessoas, processos e tecnologias

No contexto atual, as empresas que não estão buscando a inovação tecnológica dos seus processos correm o risco de ficar para trás. Por esse motivo, a inovação tem sido um posicionamento estratégico e a transformação digital precisa chegar no Jurídico para valer.

O professor Richard Susskind, provavelmente a maior referência quanto ao futuro do mercado jurídico no mundo, em entrevista para a ALM Digital Reader, sinaliza que a tecnologia jurídica até agora tem sido orientada para o back office, mas que sistemas baseados em inteligência artificial que podem ajudar a revisar e redigir documentos, vão gerar novos modelos de trabalho em que tarefas tecnológicas serão delegadas por terceirização ou offshoring, que consiste na transferência de determinados serviços para outra localidade ou país, onde os custos são mais baratos.

Na verdade, ele está falando de algo que já acontece, há alguns ALSPs – provedores alternativos de serviços jurídicos – do tipo LPO (Legal Process Outsourcing), que oferecem terceirização de processos operacionais na área jurídica e são até ranqueados pela editora Chambers & Partners. Já falamos sobre ALPSs em nosso blog, porque o DEJU é um deles.

Estamos vivendo disrupções com frequência, usamos plataformas todos os dias, mas a verdade é que não se vê uma transformação digital abrangente nos escritórios de advocacia e nos departamentos jurídicos das empresas e, sobre isso, o professor Richard Susskind tem uma frase ótima: é difícil convencer uma sala cheia de milionários de que eles têm um modelo de negócios errado, porque a realidade é que o modelo atual está servindo muito bem.

Do jeito que a tecnologia se tornou acessível, não faz mais sentido deixar de usar conectividade e automação. Verdade que algumas empresas e escritórios, normalmente de grande porte, desenvolveram softwares próprios ou adquiriram softwares de mercado, entretanto, de uma forma geral, o serviço jurídico corporativo no Brasil é muito pouco tecnológico, ao contrário do que acontece com os tribunais e órgãos públicos, que investem massivamente em tecnologia e têm plataformas muito interessantes.

Entretanto, a pressão por eficiência de custo tem sido imensa e se estiver na hora da sua empresa enfrentar o desafio da transformação digital, comece pensando em três aspectos:

PESSOAS

Promover da inovação requer um investimento no capital humano, por isso, além de treinamentos, é recomendável diversificar a equipe. Empresas tradicionais têm adquirido startups para incorporar tecnologias e enriquecer suas culturas. Nos Jurídicos, esse caminho é trilhado por meio da contratação de profissionais de Legal Operations, com conhecimento de tecnologia, aptidão em disciplinas de exatas e gestão de projetos. Isso pode ocorrer também, com a contratação de soluções oferecidas diretamente pelos provedores alternativos de serviços jurídicos (ALSP).

PROCESSOS

Partindo do mapeamento de todos os processos de forma sistêmica, é possível identificar os pontos obscuros, definir o fluxo mais eficiente e escolher as tecnologias de base e as tecnologias emergentes que aderem à realidade operacional do Jurídico da empresa.

TECNOLOGIA

As tecnologias de base dos Departamentos Jurídicos devem ser plataformas integradas e seguras, nas quais se deve embarcar toda a inteligência jurídica do negócio. A conectividade das plataformas é fundamental, pois quando a comunicação do dia a dia é captada, armazenada e analisada, passamos a ter dados estruturados, sempre atuais, com índices claros.

Por outro lado, o Jurídico é um hub – a sua logística operacional envolve quase que exclusivamente o trânsito de dados, os seus resultados são quase sempre uma co-criação entre o time interno, outras áreas da empresa e escritórios da externos – por isso a conectividade e a integração são tão importantes.

No Brasil, as soluções tecnológicas para o setor jurídico estão sendo desenvolvidas por inúmeras lawtechs, empresas de software, plataformas low/no code, softwarehouses e provedores alternativos de serviços jurídicos (ALSP). Apesar do cenário amplo e dinâmico, a empresa deve considerar, desde o início, onde deseja chegar, para evitar investimentos em tecnologia obsoleta. Depois disso, pode começar a montar o seu quebra-cabeça, com opções mais ou menos acessíveis, de acordo com seu orçamento.

Há SaaS específicos que podem ser operados pelo próprio time interno (por exemplo, gestão de contratos e de societário), há plataformas no/low code para automatizar a operação como um todo ou gerir fluxos pontuais de trabalho, há serviços de Legaltechs, ALSP e escritórios de advocacia que apresentam soluções de negócios (monitoramento de marcas, negociação de acordo, gestão de legal ops.)

Já as tecnologias emergentes, prometem mudar totalmente o modo com que trabalhamos nos próximos dez anos, por conta da inteligência artificial generativa, capaz de ler e interpretar textos. Como o ChatGPT deu um salto qualitativo nos modelos de linguagem e como ele tem versão em português, a grande expectativa de curto prazo em português são aplicativos desenvolvidos pelos sócios e parceiros da OpenAI e respectivas integrações nos softwares jurídicos que estão no mercado.

DEJU E A EMPRESA PODEM LEVAR O JURÍDICO PARA O DIGITAL

A solução DEJU ajuda a empresa a levar a transformação digital para o Legal Operations, pois fornece profissionais especializados e advogados contratados por modelos flexíveis; automatiza os processos e implementa a Plataforma DEJU, que tem ferramentas e padrões de segurança internacionais.

O DEJU pode assumir o Legal Operations do Departamento Jurídico como um todo; pode ser um hub que consolida, audita e analisa dados de outras plataformas integradas dos advogados externos; pode atender e cuidar apenas de operações específicas (contencioso, consultivo, societário, gestão de ciclo de vida de contatos etc), personalizando a solução de processo operacional de modo a envolver não só o Jurídico mas outras áreas da empresa, os escritórios externos e demais envolvidos.

Comece hoje a transformação digital do Departamento Jurídico da sua empresa. Fale com o DEJU.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *